sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Ascensão e queda

ROTARY
Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
Bandeirantes – Paraná
Cornélio Procópio
            VITÓRIA GUALBERTO, 29, 9º. ANO,A    

Ascensão e queda

              O  Hotel Termas Yara foi considerado um ícone do Norte do Paraná.   Hoje  encontra-se saqueado. Seus destroços revelam que foi palco de grandes e inesquecíveis momentos, que fazem parte do legado de Bandeirantes no seu Jubileu de Carvalho.          
            Um dos pioneiros, Paulo Domingos Regalmute Caffeo, em 1920, aqui chegou para comprar madeira. Acabou comprando duzentos hectares de terra.  Um dia, percorrendo sua propriedade, encontrou uma fonte de água que dava origem a um córrego. Com olhar perspicaz percebeu que aquela água não era comum. Coletou uma amostra e enviou-a para análise em um laboratório. O resultado da análise confirmou sua suspeita. Era uma fonte de água termal. A agua termal é diferente da água mineral. “Ela carrega compostos minerais em alta concentração como ferro, zinco, selênio e silício, um antirradical poderoso", segundo Carla Vidal, dermatologista e dona da clínica Vidal, em São Paulo. Essa mistura de elementos é o que confere as vantagens do produto: limpar, hidratar, acalmar e preparar a pele para receber a maquiagem.  "Fora do Brasil e principalmente na França, país de origem da água termal, ela é usada para fins terapêuticos e ajuda a controlar até mesmo a dermatite atópica, doença que provoca a inflamação crônica da pele", explica Daniela Petri, dermatologista de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
               Ambicioso, Regalmute, viu naquele recurso natural que brotava do solo, a sua verdadeira fonte de riqueza. Providenciou a perfuração de um poço no local. Um sistema de engarrafamento do líquido precioso.   E a comercialização do produto por todo o Brasil. No seu anseio insaciável para acumular bens e riquezas, para se tornar cada vez mais poderoso, depois de algum tempo, Regalmute começou a construção de um hotel e uma piscina. Essa era abastecida pela fonte de água termal. O hotel se tornou ponto de encontro de pessoas famosas e poderosas. Ele era um símbolo de economia bem sucedida e sucesso.
                O dinheiro, a fama, o poder acabaram. Segundo a memória do povo bandeirantense, Regalmute deu a sua alma em troca de uma vida glamurosa. Aos oitenta anos, o poderoso Regalmute teve suas duas pernas amputadas por causa de trombose. Inconformado com a situação, ele suicidou-se. O hotel tornou-se residências de fantasmas, segundo o povo. Várias pessoas herdaram a propriedade mas não conseguiram administrá-la. Em 1980 o hotel entrou em decadência e tornou- se um cenário de abandono, de esquecimento.
                O que foi feito da fonte de água termal?  Por que o Bem não sobrepuja o Mal? Onde está a mente brilhante que desatará esse imbróglio e proporcionará aos bandeirantenses menos favorecidos a oportunidade de buscar naquela piscina e arredores momentos de lazer tão necessários para um corpo são e uma mente sã?

               Fama, riqueza, empregos, água que cura...

Gratidão

ROTARY
Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
Bandeirantes – Paraná
Cornélio Procópio
            NOTRYSLLAINE, 26, 9º. ANO,A              

GRATIDÃO

               O legado de Bandeirantes no seu Jubileu de Carvalho,  no setor educacional, começa no Povoado da Estação com a professora  Ismenia L. Nogueira,  em 1º. de julho de 1931. A cada dia que passava, homens e mulheres, anônimos ou não, consolidavam a obra dos pioneiros com seus ideais e trabalho.
               Já houve tempo em que Bandeirantes tinha 50 escolas: 39 na zona rural e 11 na zona urbana.  Mas o povo trabalhador de Bandeirantes, honrando seus antepassados brillhantes, conquistaram um avanço notável no setor educacional: 36 escolas – municipais, estaduais, particulares, , APAE, centros infantis – as creches, centro tecnológico e faculdades.              
              Um tempo sagrado é o que a pessoa passa na escola. Na infância, na adolescência, na juventude e na vida adulta. Estudar é planejar, preparar e usufruir de uma qualidade de vida cada dia melhor. Olhar para um livro é olhar para o futuro.  Um livro aberto é um amigo que fala. Fala do que é bom e necessário para uma vida saudável, respeitando-se  o meio em que se vive e buscando-se  soluções pacíficas para as dificuldades do cotidiano.            
               No tempo dos nossos bisavós, avós e pais poucas eram as pessoas que tinham acesso ao conhecimento sistematizado. A criança, o jovem faziam falta no árduo trabalho da lavoura. E acreditava-se que pessoas do sexo feminino não precisavam estudar. A elas cabia obedecer, participar do trabalho na família e procriar. Hoje, todos têm direito à educação escolar. Desde a criança na creche até o octagenário.             
               Para celebrar o Jubileu de Carvalho de Bandeirantes, nada melhor do que homenagear uma outra mulher que na era contemporânea fez a diferença  no setor educacional. Professora Ide Correa, formada em Arte. Com seu saber acumulado, com sua criatividade, com sua sabedoria, com seu imenso amor a Deus, à família, aos amigos transformou os dias escolares em momentos de aperfeiçoamento. Aperfeiçoamento do querer, do saber e do poder. Ela era como médico. Sempre encontrava uma solução. Valorizar o momento presente era a bandeira levantada por essa cidadã  competente, destemida, abençoada e imbatível .
               Parabéns, Bandeirantes pelos seus filhos e filhas que primam pela construção de dias melhores.  Que sabem que quem não valoriza o que tem acaba ficando sem.  Sem poder, sem dinheiro, sem emprego, sem família, sem saúde, sem vida...


Mistério

ROTARY
Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
Bandeirantes – Paraná
Cornélio Procópio
            DAVID GALHARDI DE PAULO, 7, 9º. A



MISTÉRIO


Bandeirantes. situada a 380 km da capital do Paraná, Curitiba, é o resultado da junção de três povoados: Invernada, Bandeirantes e Vila Rezende, oficializada no final de 1932. 
No legado de Bandeirantes, nos seus 80 anos, quando celebra seu Jubileu de Carvalho, encontra-se a história do Hotel Termas Yara. É uma história fantástica, trágica, esquecida no tempo.  
Na década de 30, Domingos Regalmute, descobriu em suas terras, distante 9 km de Bandeirantes, próximo a junção dos rios Cinza e Laranjinha, um gêiser (fonte que jorra). A água tinha cheiro e gosto. Regalmute procurou a prefeitura e Bandeirantes e conseguiu autorização para analisar o local. Em 1942, a Universidade Federal do Paraná apresentou o resultado das análises: era uma fonte de água termal. Fonte de água termal é uma nascente natural cuja água tem uma temperatura mais elevada que a do corpo humano (normalmente entre 36,5 °C e 37,5 °C ) A água termal é enriquecida de minerais em altas concentrações, contidas no solo e nas rochas do local, e daí vem a diferença para a água potável.  Por ser rica em sais minerais e oligoelementos, como zinco, cálcio, magnésio, ferro, selênio, possui ação anti-inflamatória, cicatrizante e ajuda a combater os radicais livres gerados pela poluição, cigarro e raios solares.
O hotel e piscina ali construídos foram palcos de grandes acontecimentos. Inúmeras pessoas buscavam ali a cura para seus males. Mas, com mais de 80 anos, Regalmute, com trombose, amputou as duas pernas. Inconformado com a situação suicidou-se. Seu herdeiro, morreu num acidente de trânsito. Um incêndio destruiu boa parte do hotel. Até hoje ninguém conseguiu dar vida àquele cenário de abandono.
Na tradição oral conta-se que os dias gloriosos vividos eram resultados de um acordo que Regalmute fez com o diabo. Trocou a sua alma pelo dinheiro e sucesso. Quando a dívida foi cobrada, Regalmute pediu clemência e uma chance lhe foi dada. Se conseguisse mergulhar na piscina estaria salvo. Cruel, o credor foi tirando do seu devedor um membro de cada vez. E a cabeça ficou ao lado da piscina.

Mulher vestida de noiva, janelas batendo, portas abrindo e fechando sozinhas, passos e vozes que parecem vir de todos os lugares, a sensação de que tem sempre alguém vigiando... é o epílogo de uma história de trabalho, ganância, glória e perdição.

VILA MACEDO

ROTARY
Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
Bandeirantes – Paraná
Cornélio Procópio
            Carla Caroline Diniz, 6, 9º. ANO,B



VILA MACEDO
    

               Bandeirantes é sinônimo de progresso!
              Não aquele progresso desmedido, sem controle, que acaba gerando paradoxos. Mas aquele progresso que, como a seiva da planta, alimenta sem cessar o desenvolvimento normal e saudável.
              No decorrer dos seus oitenta anos, aquela que já foi um povoado, viu o seu solo, terra roxa da esperança, produzir em abundância. E o seu povo trabalhador, não mediu esforços para honrar a sua pujança viril.
         Muitas coisas mudaram desde 14 de novembro de 1934, quando começava a surgir o município de Bandeirantes, A Bandeirantes que é de cada um de seus habitantes. Essas mudanças aconteceram graças aos prefeitos e vereadores que souberam legislar e administrar os anseios do povo bandeirantense.
                O desenvolvimento trouxe mudanças. Várias vilas surgiram.  Uma delas foi a Vila Macedo, mais conhecida como Vila IBC.
               A Vila Macedo vem crescendo paulatinamente, junto com Bandeirantes. Ela foi bem mais tranqüila. Hoje tem motivos de sobra para ser destaque. A instalação da UNOPAR tornou-a mais movimentada. A clientela da universidade,  oriunda do centro, das vilas e, também, das cidades vizinhas, agitam o meio, prestigiando o comércio e o setor de alimentação.
               O comércio, a indústria vem crescendo. A Incubadora Industrial, a Zenaplast são empresas que geram  empregos permanentes. Há supermercados suficientes para atender o gosto e a necessidade dos moradores. As lojas, lanchonetes, pizzarias, restaurantes são lugares aprazíveis.
               As pessoas da Vila Macedo, batalhadoras, trabalhadoras e simpáticas, enfrentam o dia a dia com alegria.
              Na vila há capela, igrejas evangélicas para que cada cidadão possa ter o seu momento com Deus.
               Como legado, no Jubileu de Carvalho de Bandeirantes, a Vila Macedo cumpre seu papel. Acompanha passo a passo as conquistas desse povo incansável. A Vila Macedo é uma vila com algo a mais, uma vila que completa Bandeirantes. Que resiste aos vendavais da vida.
               Parabéns, Bandeirantes! Sua pujança enriquece o Brasil.
              
             


Pequena grande cidade

ROTARY CLUB BANDEIRANTES – DISTRITO 4710
CONCURSO DE REDAÇÃO
Rua São Paulo, 2126, Centro, Bandeirantes/PR

ESCOLA:  COL.  EST.  JUVENAL MESQUITA – ENS. FUND.  E MÉDIO – ANO: 7º., B
ALUNA: ANA FLÁVIA DOS SANTOS COELHO                                                                     IDADE: 12
DIRETORA: FABIANA A. G. CASTELAR                          PROFESSORA: MARIA A. DE OLIVEIRA

TEMA: O LEGADO DE BANDEIRANTES NOS SEUS 80 ANOS

Pequena grande cidade

Inovar é o seu destino. Nos mais variados setores, com simplicidade e criatividade. Encanta os turistas que a visitam. Não é perfeita, mas aqui se mora com prazer.
O querer e o saber fizeram a diferença na busca da atualização e do progresso. Os pioneiros, homens e mulheres, trabalharam para que os bandeirantenses pudessem ser profissionais formados com qualidade.
A instalação da Ferrovia São Paulo-Paraná, em julho de 1930, distante três quilômetros do patrimônio Invernada, fortaleceu o comércio e a agricultura.
A tecnologia está presente na maioria dos lares. O meio de transporte conta até com o táxi popular, que é uma bênção de Deus para quem não é motorizado.
O setor de engenharia civil vive dias dourados. A agricultura continua sendo o alicerce da região. O setor alimentício está muito bem representado. A Feira da Lua é o “point” daqueles que tem bom paladar e apreciam momentos de descontração, paz e alegria.
Parabéns, pequena grande cidade!

REDAÇÃO PREMIADA – 1º. Lugar na categoria 6º./7º. anos
 PARABÉNS,

ANA FLÁVIA DOS SANTOS COELHO!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Água do caixão

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO USINA BANDEIRANTES - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
( (43) 3542-4643 * BR 369 Km 53, Bairro Usina Bandeirante, CEP 86360-000
bntusina@seed.pr.gov.br – www.bntusina.seed.pr.gov.br
BANDEIRANTES – PARANÁ


NOME: Washington - ANO: 9º.        TURMA: A               DATA:  30/06/13

Água do Caixão

Meu passatempo preferido é pescar. Uma vez por semana, no mínimo, providencio minhocas, verifico minha vara de pescar, meus azóis, meu embornal e lá vou eu ... O prazer está em atrair o peixe e puxá-lo para fora da água. Semana passada, quando fisguei um lindo lambari que teimava em não sair, lembrei-me de uma noite de terror.
 Quarta-feira. Noite própria para pescaria. O céu estrelado lembrava um parque de diversões daqueles que a gente vê nas cidades grandes. Eu estava pescando uns mandizinhos quando meu tio chegou alertando-me que já era 00h30. O irmão de minha mãe é um homem temente a Deus, másculo, trabalhador, honesto, capaz de encarar as adversidades da vida. Mas ele estava trêmulo. Informou que acabara de ver um caixão subindo o rio. E o caixão estava aberto.
Começou um vento gélido. No ar pairava um cheiro de enxofre. O rio parecia inerte. Ouviu-se o pio de uma coruja. Morcegos voavam aos bandos. Ouvimos um relinchar e, logo em seguida, avistamos um corcel negro do outro lado do rio. O vulto que o montava fazia lembrar Guerra nas estrelas. De repente, tudo voltou ao normal.
Ainda tentamos jogar a tarrafa, mas em vão. Não pegamos um bagre.
Ao sentir a vara leve fechei o livro das recordações e percebi que o danadinho do lambari tinha escapado.
A história do caixão aberto que sobe o rio nas noites de quarta e sextas-feiras à meia-noite ainda povoa o imaginário do povo bandeirantense. Eu não me esqueço. Sou testemunha ocular.


Rotina

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NOME: Antonio = ANO: 9º.        TURMA: A               DATA:  30/06/13

Rotina
      Caia muita chuva. O céu estava negro. Em seu quarto, Paulo assistia “Dark Skies”.
      Lá fora, vento, raios e trovões causavam terror. No quarto, o filme provocava arrepios. Enquadrado por duas forças poderosas, Paulo optou por desligar o televisor. Resolveu descer até a cozinha para verificar se o jantar estava pronto. Sua mãe, atarefada com os preparativos, pediu a ele que voltasse para o quarto até a comida estar servida.
      A escuridão lá fora, o vento muito forte que sacudia tudo que não estivesse muito bem fixado, os raios que cortavam o espaço e os trovões que machucavam os ouvidos levaram Paulo para o dia que perdera Caio, seu amigo de todas as horas.
      Caio era o capitão do time. Sabia chamar a atenção de seus comandados. Cada um arcava com as suas falhas. Mas todos eram igualmente valorizados.
      Naquele domingo fatídico, todos juntos partiram para o campo de futebol do TG 05-013. O adversário era o temível Huberto Teixeira. O jogo corria da melhor forma possível pois eram dois fortes duelando: gol lá, gol cá! Até que a natureza resolveu participar. O tempo escureceu, A água caia impiedosamente. Ventos a  200 km/h envergavam as árvores, raios iluminavam os céus como se fossem lasers e trovões ensurdeciam os atletas que correram em busca de abrigo. Nessa busca por proteção, Caio foi fulminado por um raio. Nenhuma ajuda foi capaz de trazê-lo de volta.
      Com o corpo suando copiosamente e os olhos marejados, Paulo saiu daquele mundo cruel, levantou-se e, sacudindo a cabeça, foi tomar um banho. Em seguida ligou para alguns amigos. Depois desceu os degraus e foi para a cozinha onde um lauto jantar o aguardava.
      Ao chegar, disse para a mãe:      -
      - “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos” -  registrou Charles Chaplin para a posteridade.


Qualidade de vida

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NOME: Jéssica - ANO: 9º.        TURMA: A               DATA: 29/06/13

Qualidade de vida

      O sítio era uma bênção de Deus. A plantação de alfafa estava todinha verde. O barracão enorme estava à espera da colheita.  Na horta, as verduras estavam no auge de sua beleza. O pomar era um uma provocação para a gula.                       
      Foi à beira da pequena cascata batizada de Cachoeira de Waikiki, sob o olhar carinhoso de seus adoráveis  tios e tendo no colo seu mascote Neimar, que Letícia pôs-se a ler o livro  Marley e Eu (retrata um lindo Labrador que é hiperativo desde pequenininho e que muda completamente a vida de um casal).
      Diante do coração puro e da lealdade incondicional de Marley, Letícia lembrou-se de Júlia sua amiga inesquecível que lhe ensinou a viver cada dia com alegria e aproveitar cada momento, seguindo o que dita o coração. Com Júlia um passeio pelo bosque, uma neve recém-caída, uma soneca sob o sol de inverno, ajudar em casa, fazer as tarefas escolares – qualquer coisa – era motivo para contentamento e gratidão.
      Letícia mergulhou fundo no passado. Lembrou-se do passeio em Quebec, a única cidade murada da América do Norte, com  a neve oferecendo uma imagem única da natureza. Em meio aquele mundo fantástico, Júlia a surpreendeu dando-lhe o lindo urso que ganhou o nome do maior ídolo no mundo do futebol brasileiro. Ao entregar-lhe o presente, Júlia dissera:     
      - Mantenha o otimismo diante da adversidade. Cultive a amizade, pratique o altruísmo e, acima de tudo, mantenha uma lealdade incondicional às Leis Divinas, Humanas e Naturais.
      Saindo do seu mundo interior, Letícia abandonou o livro, abraçou Neimar vigorosamente.      Lágrimas banhavam seu rosto quando disse:
      - Hoje é 1º. de julho. Faz dez anos que Júlia foi para o andar de cima.


Morte e vida

NOME: Edimara – 9º Ano – Turma: A – Data: 29/06/13

Morte e vida

A natureza estava em festa. Era primavera. As mãos tremiam. No livro de capa dourada a palavra Odisséia estava grafada em letras garrafais.
Odisséia é a famosa história do herói Ulisses e das desventuras por que passou no difícil caminho de retorno ao lar, em Ítaca.
Homero? Não se sabe muito sobre sua vida. O certo é que suas obras são fontes fundamentais para o estudo da história da Grécia Antiga.
A palavra Homero fez com que Maicon se lembrasse da figura do avô paterno. Homem que levava muito a sério a busca do conhecimento. Sempre reservava um dinheirinho para investir em livros.
Foi o avô que lhe oferecera o churrasco para comemorar seus 18 anos. Maicon convidara os amigos e adentraram a noite conversando, cantando, comendo, dançando e ouvindo os relatos dos mais velhos. Na família de Maicon era assim. Cabia os jovens? Também cabia as crianças, os adultos e os idosos. Lá pelas tantas da noite o avô o chamara ao escritório e lhe entregara o exemplar de Odisséia que estava com a família há anos. O neto, a exemplo do avô, guardou o livro como se guarda uma pedra preciosa.
Mas a família sofreu uma perda irreparável. O avô, debilitado pela idade, veio a falecer. O velório foi comovente. A multidão de amigos se fizerem presentes até o último tijolo ser cimentado.
Com um soluço dolorido, Maicon voltou para aquele ambiente primaveril onde as abelhas zumbiam voando de flor em flor e os beija-flores voavam em zigue-zagues.



                                                                                                                                  

Cia

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BANDEIRANTES – PARANÁ


NOME: Karina - ANO: 9º.        TURMA: A               DATA: 22/06/13

cia

      Fim de semestre. Daniel tinha ficado com nota vermelha no primeiro bimestre. O professor Luciano Huck, professor de Língua Portuguesa  por excelência, o advertira:        
      - Caríssimo, urge que você recupere a nota e o conteúdo. Além das tarefas não cumpridas que deverá concluir, é necessário que faça também a resenha do livro Por Quem os Sinos Dobram (For Whom the Bells Tolls), do escritor norte-americano Ernest Hemingway (1940); e faça uma paródia com a letra da música Por Quem os Sinos Dobram, de Raul Seixas.
      Ao cantarolar ‘Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz/ Coragem, coragem, eu sei que você pode mais’, o aluno lembrou-se de quando cursava o Ensino Básico no Colégio Estadual do Campo Usina Bandeirantes. Relatar, narrar, argumentar e expor eram os caminhos percorridos pelos alunos em todas as disciplinas.
      Lembrou-se com carinho daquele dia na Chácara Chão Vermelho. Seu anfitrião, Domingos Pelegrini, amigo de todas as horas, o lembrara de que devia fazer o resumo do livro 1808, de Laurentino Gomes, se quisesse ser aprovado no 9º. Ano.
      Levando uma cesta com lanches, refrigerantes e uma rede muito linda em preto e vermelho, caminharam até o riacho que cortava a pequena propriedade. Armaram a rede, Daniel encarapitou-se na forquilha de um lindo ipê amarelo, enquanto Domingos acomodava-se no seu lugar preferido de lazer.
      Enquanto um lia, o outro anotava. Um intervalo para satisfazer o estômago que reclamava, permitiu, também, divagações que os transportaram para outros tempos e outros espaços.
      Ao entardecer, enquanto os pássaros gorjeavam, o gado voltava ao curral, já com a tarefa escolar rascunhada, os dois jovens visitaram as mais diversas árvores frutíferas.
      Ouvindo um barulho bastante conhecido, Rooooom, Daniel voltou ao presente. Ainda com gosto de fruta na boca, monologou:          

       - “A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro, já dizia Platão”.

A bola

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NOME: Jonathan –  ANO: 9º.        TURMA: A               DATA:  27/06/13   

A bola

      21 de junho de 2013. Os ponteiros do relógio marcavam 10h54 min. O calendário anunciava: início do Inverno! A natureza era um convite à reflexão. O pé de caqui não tinha uma folha. Só os ramos secos. Era o retrato fiel de um espectro. O céu estava cinzento. A chuva havia cessado. Estava frio mas não ventava.
      No aconchego de seu quarto, Júnior lia a obra de Marcos Rey, Quem manda já morreu quando, distraidamente, seus olhos percorreram o ambiente que o cercava. Bem pertinho do computador estava um objeto de estimação: sua bola Topper KV 12 Carbon! Aquela imagem o fez voltar no tempo e no espaço.
      Era dezembro. Os bandeirantenses aficionados por futebol estavam eufóricos. A conivência da natureza saltava aos olhos. Uma brisa deliciosa envolvia os transeuntes. O verde das árvores era um convite para celebrar a vida.
      No centro do Estádio Comendador Luiz Meneghel estavam reunidos os atletas, o juiz, os assistentes, os gandulas e alguns curiosos com credenciais.
      Quando soou o apito somente as personagens principais do espetáculo estavam em campo. E o jogo começou. O jogo das estrelas.
      Quem jogou? Quem perdeu? Quem ganhou?
      Na memória de Júnior, incrustado indelevelmente, ficou o momento do sorteio, o número do seu ingresso sendo anunciado através dos microfones da Rádio Cabiúna – a Rádio do Povo. E ... Nilmar cumprimentado-o e entregando-lhe aquela que passou a ser o seu troféu – a bola Topper KV 12 Carbon!
      Batidas na porta tiraram o sonhador de seu devaneio. Com um suspiro exalando saudade, levantou-se preguiçosamente e foi atender a quem o chamava.


Guerra e paz

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NOME: Elizabeh - ANO: 9º.        TURMA: A               DATA:  22/06/13

Guerra e paz
      Na biblioteca, Kevin lia Guerra e Paz, de Tolstói. Nele, o autor narra a campanha do imperador francês Napoleão na Áustria, descreve a invasão da Rússia pelo exército francês e a sua retirada, compreendendo o período de 1805 a 1820. Sobretudo, Tolstói, disseca causas, origens e conseqüências dos conflitos e, principalmente, expõe os homens e suas fraquezas.
      Seu escudeiro Nick, do outro lado da mesa, lia uma Sabrina: O Castelo de Vidro, de Violet Winspear. Ao ler o título, um vendaval de emoções tomou conta do rapaz, presença assídua naquele local. Seu amigo Nick era o único a saber de suas vicissitudes.
      Como num passe de mágica, Kevin voltou àquela primavera em Holambra, a cidade das flores. Holambra é um município brasileiro do estado de São Paulo e microrregião de Campinas, fundada em 27 de outubro de 1991. A cidade destaca-se por ter o sétimo melhor índice de qualidade de vida do Brasil e por ter o melhor índice de segurança do país. Com mão-de-obra qualificada no setor agrícola, o município destaca-se como o maior centro de produção de flores e plantas ornamentais da América Latina. Holambra é considerada oficialmente uma estância turística e anualmente promove a maior exposição de flores da América Latina - a Expoflora.
      Daniela, sua namorada, telefonara-lhe convidando-o para dar um passeio no parque. Caminharam de mãos dadas, conversaram animadamente e beijaram-se com paixão. Ao deixá-la em casa, sua deusa entregou-lhe um pequeno embrulho, num lindo invólucro. Daniela impediu que abrisse o pacote.
      Ansioso, ao chegar em casa, cuidadosamente abriu o presente. Era um exemplar de UM ADORÁVEL TIRANO, Sabrina nº 53 de Violet Winspear. Leu com voracidade todas as páginas.
      No dia seguinte encontrou a casa de Daniela toda fechada. Tocou a campainha, pulou o muro, esmurrou a porta. Silêncio total. O vizinho da esquerda o chamou e lhe entregou uma carta de Daniela. Nela Daniela dizia:
      - Amo você. Não me esqueça. Estou com leucemia ...
      Sacudindo a cabeça como se estivesse voltando de um transe, o rapaz voltou ao seu livro e leu a seguinte frase: “Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil.”


segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

ARAPUCA

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO USINA BANDEIRANTES - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO USINA BANDEIRANTES - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
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BANDEIRANTES – PARANÁ


NOME: Sara - ANO: 8º.        TURMA: A               DATA: 24/06/13

      Você vai escrever um conto de enigma em que um detetive – homem ou mulher – investiga um assassinato. O ponto de partida é uma das quatro imagens da p. 20.
      Deverão estar presentes em seu conto:
·          O culpado é uma pessoa conhecida da vítima.
·          O culpado vai beneficiar-se financeiramente com a morte da vítima.
·          Assim como Sherlock conta com Watson, seu detetive terá um(a) amigo(a) que o ajuda na investigação e é o narrador da história.

      Planeje os detalhes do enredo: quem será a vítima?; quem será o assassino?; como o criminoso executará o crime; que pistas ele deixará?; quem será o detetive?; haverá apenas um suspeito ou mais de um?;quem são eles; Que motivo eles teriam para cometer o crime?; que meios teriam para executar o assassinato?; que pistas falsas vai haver?.

ARAPUCA

      O bosque tinha um nome estranho: Floresta Negra. Em meio a uma vegetação rica havia um casebre caindo aos pedaços. Seu morador chamava-se Miguel. Tinha 56 anos, Seus cabelos grisalhos, olhos negros emolduravam um corpo robusto. Sua única vizinha, Cecília, morava numa casa de alvenaria e vivia com muito conforto.
      Certa noite, enquanto chovia lá fora, Miguel sorvia sua bebida preferida: café com conhaque, enquanto assistia um jogo de futebol: Grêmio X Internacional.
      De repente a energia foi interrompida. Simultaneamente, ouviu-se gritos alucinantes que pediam:
      - Socorro ... por favor ... me ajude !...
      Raios e trovões transformavam o bosque num ambiente fantasmagórico. Vultos se movimentavam em volta do casebre. Corriam rápido em direção à janela do quarto.
      Em meio a escuridão, o angustiado senhor tateava à procura de vela e fósforo. Ao tropeçar e cair foi atingido por uma faca afiada em seu peito.
      Quando o temporal passou, Cecília, preocupada com a precariedade da residência de seu vizinho, foi verificar se ele precisava de alguma coisa. Encontrou Miguel numa poça de sangue. Apavorada chamou a polícia.
      As suspeitas caíram sobre a única pessoa que visitava Miguel sistematicamente: dia sim, dia não. Era Tião, que vinha jogar baralho e beber cachaça com dono da casa.
      Depois de muitas investigações ficou comprovado que Tião aproveitou aquela providencial noite para, com vários desocupados da sua vila, roubar R$10.0000,00. Só ele sabia que o velhinho tinha tanto dinheiro.
      O ladrão e assassino foi para a cadeia, que é o lugar para pessoas que se comportam como animais irracionais.
      O dinheiro roubado foi entregue ao asilo local para ajudar na manutenção do mesmo.


PT

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO USINA BANDEIRANTES - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO USINA BANDEIRANTES - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
( (43) 3542-4643 * BR 369 Km 53, Bairro Usina Bandeirante, CEP 86360-000
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BANDEIRANTES – PARANÁ


NOME: TATIELLE - ANO: 8º.        TURMA: A               DATA:  24/06/13

      Você vai escrever um conto de enigma em que um detetive – homem ou mulher – investiga um assassinato. O ponto de partida é uma das quatro imagens da p. 20.
      Deverão estar presentes em seu conto:
·          O culpado é uma pessoa conhecida da vítima.
·          O culpado vai beneficiar-se financeiramente com a morte da vítima.
·          Assim como Sherlock conta com Watson, seu detetive terá um(a) amigo(a) que o ajuda na investigação e é o narrador da história.

      Planeje os detalhes do enredo: quem será a vítima?; quem será o assassino?; como o criminoso executará o crime; que pistas ele deixará?; quem será o detetive?; haverá apenas um suspeito ou mais de um?;quem são eles; Que motivo eles teriam para cometer o crime?; que meios teriam para executar o assassinato?; que pistas falsas vai haver?.
PT

      Domingo no parque. O dia estava lindo. As irmãs Melissa e Emily estavam preocupadas. O cão de estimação, PT (poderoso Thor) havia sido atropelado e o motorista tinha fugido sem prestar socorro. Precisavam descobrir quem fizera tamanha maldade.
      O ambiente destoava dos sentimentos das garotas. Um vento morno e leve sacudia levemente as folhas das árvores. Os pássaros chilreavam alegremente. O verde das plantas lembrava esmeraldas. A variedade de cores e o perfume suave avisavam que era primavera, a estação das flores.
      O ar circunspecto das meninas chamou a atenção de um rapaz que se aproximou e se ofereceu para ajudá-las, caso estivessem precisando. Informou que era funcionário da Catedral e mostrou seu crachá.
      A narração do acontecido foi feita com lágrimas mas a voz de Melissa tornou-se dura quando afirmou que ia descobrir o desalmado.
      Felipe pediu-lhes que contassem sobre o cotidiano delas e acabou descobrindo que tinham um vizinho que admirava PT e se propôs até a comprá-lo.
      Dirigiram-se à casa do vizinho e pediram-lhe para levá-los até o hospital. Puderam constatar que o carro tinha manchas de sangue. Perguntaram-lhe como tinha passado a manhã e ele respondeu que tinha ficado em casa assistindo TV.
      Mentira, pensou Emily. Mas, Felipe, conhecedor da alma humana, teve certeza que era verdade.
      O vizinho, envolvido com a simpatia dos jovens, contou-lhes que emprestara seu carro para a moça do casarão da esquina. Emocionado contou-lhes que a moça era filha única e morria de inveja porque Melissa e Emily eram gêmeas. Ele queria o PT para tornar a vida da jovem menos solitária.
     Os três jovens contaram, então, o triste episódio da morte de PT.
     De comum acordo, foram os quatro ao casarão. O mordomo que atendeu a porta informou que a família estava no hospital porque a filha do casal sofreu uma queda ao subir a escada para o primeiro andar.
      No hospital, o pai da moça os atendeu com profunda tristeza no olhar. Contou-lhes que a tomografia mostrou que Mérida sofrera um abalo na cabeça devido a uma forte batida. As chances de sobrevivência eram quase nulas.
      A dor pela morte de PT foi mitigada.