terça-feira, 24 de outubro de 2017

Revisão Análise Morfossintática - Colégio Renovação

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Aula 11 – Como identificar as relações de causa e consequência presentes...

domingo, 8 de outubro de 2017

As pérolas de Cadija

As Pérolas de Cadija

     Era uma vez uma menina chamada Cadija. Sua mãe havia morrido e agora ela tinha de carregar seu irmãozinho nas costas. Passado um ano, seu pai resolveu casar de novo e então Cadija ganhou uma madrasta.
    Cadija pensou que fosse ser feliz com ela. Mas sabe-se lá por que a madrasta não gostou dela. Já tinha uma filha de primeiro casamento e talvez pensasse:
    “Quando meu marido morrer, essa Cadija vai ficar com tudo. E minha filha verdadeira com nada”.
    Daí, toca a perseguir a enteada. Dava trabalhos impossíveis para a coitada. Acordava-a no meio da noite:
 - Anda pegar água. Anda varrer o pátio. Anda cozinhar inhame.
    Certa manhã seu ódio pela enteada chegou ao máximo. Tirou Cadija da cama aos berros:
 - Vá lavar esta colher! E só serve com água do mar. Não volte aqui com ela suja.
    Era um jeito de matar Cadija, pois até Dakar onde ficava o mar, eram cinco dias e cinco noites de horrorosos caminhos.
 - Quem vai cuidar de meu irmãozinho? -- perguntou a menina.
 - Carrega contigo – respondeu a mulher com um sorriso mau.
- Ou pensa que aqui você tem criada? Tem cada uma!
    Cadija partiu. Atravessou rios e matas.
    Só faltava atravessar uma savana para chegar a Dakar. A comida acabara e as duas barrigas, a dela e do irmãozinho, começavam a roncar.
 - As-Salam! (A paz esteja sobre você) – cumprimentou um cameleiro.
 - As-Salam! - respondeu ela.
 - Está pensando em atravessar a savana sozinha? - perguntou o homem.
 - Estou.
 - Não faça isso. Sabe quem mora aí? O quibungo.
 - Quem é? -- perguntou Cadija.
 - Um monstro com um buraco na parte de trás do pescoço. Te engole. Depois não diz que não te avisei.
 - E se eu não encontrar com ele? Sempre fui uma menina de sorte...
 - Ah! -- falou o cameleiro, atirando o manto para as costas. Se não encontrar o Quibungo vai encontrar um monstro pior, o Abutre Mortal, também chamado Arranca-Corações. Ou um ou outro.
    Desanimada, Cadija sentou numa pedra. De repente sentiu umas brisa no rosto e nas mãos. E ouviu uma voz:
 - Eu te ajudo. Deixe seu irmãozinho esperando aqui. No lugar dele ponha esta pedra. Se você encontrar o Quibungo, já sabe o que fazer.
    Era um iska, o djin que morava no vento.
 - E se ao invés do Quibungo eu encontrar o Abutre-Mortal?
 - Aí não posso fazer nada – respondeu o iska. - Ou um ou outro.
    Com o pedregulho nas costas, Cadija entrou na savana. No segundo dia de viajem apareceu um guerreiro lindo. Tinha arco e flecha e falou com toda gentileza:
 - Onde vais, flor do meu encanto?
 - A Dakar, lavar esta colher, que minha madrasta me mandou.
    O guerreiro se abaixou para fazer gracinha. No seu pescoço apareceu o buraco escuro que não tinha fim. Cadija rapidamente levou as mãos às costas e virou o pedregulho lá dentro.
    O Quibungo mastigou e morreu.
    Em Dakar, um mendigo que estava na porta da mesquita pediu:
 - Me ajude, pelas barbas do profeta...
- Só tenho essa colher.
 - Eu sei – disse o mendigo.
- Espere anoitecer. Só lave a colher quando aparecer a lua. Você vai ver.
    Cadija assim fez. Foi meter a colher na água e ela voltar cheia de Pérolas. E assim muitas vezes, até encher a canga. Estava rica.
    Ao passar de volta pela savana, ouviu um ronco vindo de uma caverna. Deveria ser o Abutre Mortal, o Arranca-Corações.
    Pegou o irmãozinho e foi para casa. Tinha se passado oito dias e a madrasta, feliz, achava que ela não voltaria.
    Abrindo o saco de Pérolas, Cadija fez a divisão. A madrasta queria mais. Puxou a menina para o quarto:
 - Onde foi que arrumou essa riqueza? Temos bruxa aqui em casa e não sabia!
 - Foi no mar – respondeu. Meti a colher e foi só.
    A mulher fingiu agradecer. E falou para sua filha verdadeira:
 - Se essa boboca ficou rica, também ficarei. Posso carregar mais Pérolas que vinte Candijas juntas.
    Pegou o camelo e partiu. Ordenou aos criados que preparassem uma festa para quando voltasse. Mandou os cozinheiros fazerem cuscuz, seu prato preferido. Na manhã do décimo dia, porém, ela não voltou. De tarde, também não. Quando foi de noitinha e os convidados já iam embora, a filha verdadeira decidiu:
 - Minha mãe já deve estar chegando. Vamos comer ou o cuscuz estraga.
    Quando ela abriu o panelão, ficou branca de susto. Dentro do cuscuz havia um coração. Ainda estava batendo e ela desmaiou, pois sabia de quem era.
    Quanto à Cadija, pegou seu irmãozinho e foi morar bem longe dali.
    Esta é a história de Cadija, uma menina negra e muçulmana do Senegal. Uma história semelhante a outras, de outros povos, em que há fadas e madrinhas más. Só  que, aqui, a fada existe na forma de um anjo da guarda, o djin, e os perigos que a menina enfrenta suscitam os mistérios das culturas milenares que sobreviveram apesar da colonização.     

 Do livro de Joel Rufino dos Santos. Gosto de África: histórias de lá e daqui. 3ª edição. São Paulo. Global editora,2005.

Você conhece a história das pérolas?

sábado, 7 de outubro de 2017

Aula 18/38 - Pontuação - Língua Portuguesa - Sidney Martins

6/10/2017 - LIONS


PAZ E BEM A TODOS!

                                       É muito bom estar aqui, com vocês, nesta noite de festa! Pelo convite, minha gratidão ao Lions!
                                       100... 70... 7...  São números que fazem parte das curtas histórias que vou contar, aqui e agora.
                   Há um século, um líder empresarial americano, de 38 anos, fundou o LIONS. Ele acreditava que sozinho não se vai longe. E fez uma proposta aos membros do grupo que frequentava:
                   “Que as pessoas bem sucedidas devido à sua iniciativa, inteligência e ambição pusessem seu talento para trabalhar em benefício de suas comunidades.”
Assim nasceu o Lions, a maior organização de clubes de serviço do mundo.
Em fevereiro de 2018 estarei completando 70 anos. Com 40 fui para a faculdade. Com 43 recebi o diploma. Com 45 comecei a dar aulas. Com 47 fui aprovada nos Concursos de Língua Portuguesa e Inglês.  As dificuldades foram muitas. Porém, a paz e o bem, companheiros inseparáveis, tornaram a aventura de VIVER o maior de todos os milagres!
7! É o número de anos que o CLUBE 017459 *DISTRITO LD-6 * Região A *Divisão A1 proporciona aqui em Bandeirantes o CONCURSO MUNICIPAL DE SOLETRAÇÃO!
Sete anos de trabalho profícuo! Alunos de escolas       públicas, particulares, do centro, da periferia, da zona rural vêm aqui mostrar que as sementes lançadas pelo Lions estão produzindo frutos. Que através da leitura e da soletração, cidadãos estão sendo formados e informados para fazerem do lugar onde vivem um lugar melhor para se viver. Como sempre, os Leões não dão trégua à escuridão. Novos horizontes, novos mundos, novas vidas são mostrados através da literatura.
Engana-se quem pensa que a premiação é o ápice do concurso. É preciso lembrar que as paredes e o teto dependem do alicerce. O planejamento, a organização e a realização do evento envolvem pessoas anônimas, generosas que, seguindo o lema do Lions, colocam seus talentos a serviço da comunidade. Parabéns a todos. Sou apaixonada pelo Concurso de Soletração!
Lembrando que os Leões atendem às necessidades das comunidades locais e do mundo, peço que os associados do Lions, presentes em 210 países e regiões geográficas, ajudem uma pessoa de Bandeirantes que precisa de um tratamento caro, feito no exterior. No momento oportuno, a apresentarei.
O LIONS é uma bênção. E a noite de hoje será inesquecível pela participação primorosa dos alunos competidores aqui presentes. Lembrem-se: A força do querer é poderosa...

PAZ E BEM A TODOS!!!!!!!!