sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O amor é agora

Projeto Conexão Bandeirantes:
um caminho para o conhecimento, saúde e bem-estar.
EDUCAR-SE: essência do bem-viver!

O AMOR É AGORA

                                                                                                                                            Fábio de Melo, scj

O grande segredo da vida é viver o dia.
Amanhã não sei o que vai ser,
Melhor viver agora.
A vida passa tão depressa, semelhante ao vento
Não espere para amar depois
Talvez não dê mais tempo.

Amor foi feito para amar
Perdão foi feito pra se dar
Não semeie pra colher depois, o tal ressentimento
Portanto é melhor viver
Pensando ser a despedida
Olhando tudo ao seu redor
Como quem vai embora

Pudera eu fazer virar palavra este meu sentimento
E te dizer o quanto sou feliz por seres meu amigo
Pudera eu abrir meu coração e te mostrar o fundo
Te revelar com gestos e palavras
Que te amo muito.

Pudera eu retroceder na história
Regressar no tempo
Reencontrar aqueles que partiram
Sem o meu abraço
Mas eu bem sei que o essencial de
Hoje é viver o agora
Melhor assim: nem antes, nem depois
O amor é agora.

Não deixe para fazer depois se pode ser agora
Um sorriso custa muito pouco e ilumina a alma
Não permita que o sol se ponha sobre a tua ira
Não há mágoa que no coração
Mereça ser trazida.

Amor...

Pudera eu te fazer...

Pudera eu retroceder...

Pudera eu fazer virar  palavra...






quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Trajes africanos

As roupas africanas vão muito além da beleza. Os padrões impressos nos tecidos correspondem a nomes, provérbios ou ideias. Elas estão relacionadas com a beleza, a religiosidade e a identidade do povo negro, com a ancestralidade africana. As roupas não nascem para proteger o corpo, mas como uma forma de beleza, não só para aparecer ao outro, mas para os deuses.
          As cores vibrantes das indumentárias são obtidas a partir de elementos da natureza, a exemplo de plantas, terra e flores.
          Cada cor tem um significado:
          O verde indica renovação e crescimento, em clara analogia com as matas e florestas.
          Amarelo é símbolo do status e serenidade, além da fertilidade e vitalidade.
           Azul é a presença de Deus, a onipotência do céu, ao espírito   puro  que repousa em harmonia.
          O preto denota união com os antepassados. É a cor das provas, do sofrimento, do mistério, da consciência espiritual, do tempo e da existência.
          Vermelho é a cor da paixão, da determinação política, da vida, da paixão e do sentimento.


www.encantosdaafrica.blogspot.com.br/2013/trajesafricanos.html

domingo, 7 de agosto de 2016

75

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA 2014 – MEMÓRIAS LITERÁRIAS
http://www.escrevendoofuturo.org.br/
Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
Bandeirantes – Paraná
Cornélio Procópio
LUÍS HENRIQUE FERREIRA DE BRITTO, 14, 7º., B


75

Há setenta e cinco anos moro em Bandeirantes.
Cheguei em 1939 com onze anos. Naquele tempo Bandeirantes chamava-se Invernada.
Só havia mato. A estrada de ferro que já teve vários nomes: Estrada de Ferro São Paulo-Paraná (1930-1944), Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1944-1975) e RFFSA (1975-996) - trouxe o progresso e também o novo nome: Bandeirantes.
Naquela época, criança tinha responsabilidade. Criança ajudava em tudo que fosse possível. Tratar dos animais, das aves, recolher os ovos, carregar lenha, baldear água, limpar cova de de pé de café, capinar, plantar, colher. Havia pouco tempo para brincadeiras. Escola? Poucas crianças a conheciam. Eu freqüentei o Grupo Escolar Zulmira Albuquerque durante cinco meses. Caminhava 10 km todos os dias para ir à escola. Só aprendi o básico do ler e escrever.
Bandeirantes já foi uma cidade essencialmente agrícola. E tinha fortíssimos cerealistas. Nos armazéns conheci  um trabalho duro. Ambiente sujo, carregado de poeira.
Na Prefeitura atuei no mundo da fabricação de alfalto. Ajudei a asfaltar muitas ruas.
Enfim fui para o Grupo Escolar Juvenal Mesquita. Ali fui coordenador da horta. Até hoje é possível ver árvores plantadas por mim.
Em 1934 fui sorteado para participar da 2ª. Guerra Mundial.
Guardo com muito carinho algumas lembraças: meu paletó do casamento, um canivete que ganhei do meu amigo Leonel, um quadro com a foto minha e da minha falecida mulher, um santinho do Sagrado Coração de Jesus (com 75 anos) e uma imagem de São Sebastião (sou devoto dele).
Ganhar ou perder não é o mais importante. Importa viver os segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos de forma honesta e feliz.
Que venham os obstáculos. Superá-los um a um é a tarefa de cada dia. Amém!



Trajetória

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO USINA BANDEIRANTES - EFMP
( (43) 3542-4643 * BR 369 Km 53, Bairro Usina Bandeirante
CEP 86360-000 - bntusina@seed.pr.gov.br – www.bntusina.seed.pr.gov.br
BANDEIRANTES – PARANÁ
Cornélio Procópio





NOME: Amanda Carolina Correia dos Santos  –  8º. Ano
Olimpíada de Língua Portuguesa 2012 – Memórias Literárias





Trajetória


O meu nome é Angelita Nunes Pereira. Sou filha de Joaquim Nunes Marinho e AlexandrinA de Jesus Marinho. Nasci na longínqua Triunfo, lá em Pernambuco. Sou do signo de virgem: nasci no dia 15 de setembro de 1951. Tenho 61 anos bem vividos e bem trabalhados.
Lembro-me da minha infância. Família unida. O Rádio era como a TV é hoje. Nas horas de descanso servia como meio de informação, de divertimento.
A escola? Em apenas uma sala funcionavam quatro turmas: 1º., 2º., 3º. e 4º. Anos. O ensino era transmitido através da mesma professora e do mesmo quadro! Tenho saudades de duas professoras que ainda vivem em Bandeirantes: Idalina Cosmo Nunes e maria aparecida pinheiro da cunha.
Namoro? Só tive um namorado. Éramos vizinhos. Só pegávamos nas mãos às escondidas. Os recados eram enviados e recebidos através de bilhetes pois não havia e-mails nem torpedos. As amizades eram sinceras, firmes como rochas. Conservo ainda amiga daqueles tempos: é minha vizinha e comadre!
Estudo? Conclui o 4º. ano e parei de estudar. Fui trabalhar para ajudar nas despesas de casa. Fui cortar cana.
Pensando no futuro,  meus pais me matricularam na escola de corte e costura.
Vida adulta? Aos dezenove anos casei com o primeiro e único namorado. Deixei de cortar cana e tornei-me costureira.
Tenho um lindo casal de filhos. Já são casados. E posso dizer que muito bem casados, graças a Deus. Eles me presentearam com três netos abençoados: duas meninas e um menino. Felizes,  moram em Curitiba, uma das mais belas cidades do Paraná.
Há 20 anos trabalho no Colégio Estadual do Campo Usina Bandeirantes – Ensino Fundamental, Médio e Profissional. Graças ao Governo do Estado do Paraná, concluí os cursos Ensino  Fundamental II (em 1999) e Ensino Médio (2001). Atualmente estou cursando o Profuncionário.
Concluindo, antigamente as pessoas tinham mais respeito, o estudo era levado a sério. O futuro exige que cada um aprenda e coloque em prática o que aprendeu para que todos possam viver em um mundo melhor.


Credo do contador de histórias


Creio que a imaginação,
Pode mais que o conhecimento.
Que o mito,
Pode mais que a história.
Que os sonhos,
Podem mais que os fatos.
Que a esperança,
Sempre vence a experiência.
Que o riso,
Pode mais que a tristeza.
E creio que o amor,
Pode mais que a morte!


sábado, 6 de agosto de 2016

Primeiro amor

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO USINA BANDEIRANTES - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
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20/06/2013 – Aluna: Gabriella – 9º Ano

                                                            Primeiro amor

      Gabriella abriu um caderno de desenho aleatoriamente. Começou a folheá-lo apaticamente. Passou o primeiro, segundo, terceiro desenho. No quarto, parou abruptamente.
      Era um desenho feito sob muita inspiração. Uma pirâmide de corações. Lindos e vermelhos corações. Na base da pirâmide estava incrustada a emblemática frase O AMOR É A FORÇA QUE SUSTENTA O MUNDO!
     Figura e palavras provocaram uma explosão de lembranças naquela bonita e circunspecta jovem. No redemoinho de memórias foi transportada para sua adolescência, período de descobertas e emoções avassaladoras. Seu primeiro amor, um jovem e ardoroso italiano, numa noite de festa junina, em plena Praça Brasil Japão, fez uma declaração de amor digna de Maurício Vasquez na sua incontrolável paixão por Amora Campana.  Diante da rendição incondicional de sua musa, o impetuoso rapaz entregou-lhe o caderno com muitas ilustrações e pensamentos que davam a dimensão do seu incomensurável amor.
      - É para você guardá-lo, sobre o criado, ao lado de sua cama e, todo noite, antes de dormir, alimentar o seu coração com a força do meu amor – disse o impetuoso rapaz.
      Taciturna, Gabriella levantou-se da cama. e escondeu o caderno no fundo do baú.
      Como naquela memorável noite estrelada, seu coração palpitava de forma acelerada e uma luzinha vermelha em seu cérebro advertia: ‘Tudo na vida tem um preço’.
    


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19/06/2013 – Aluna: Prysciene – 9º Ano



Inesquecível

      Pedro passeava de carro. A chuva caia suavemente. A paisagem despertou-lhe uma necessidade premente de parar e contemplar os arredores.
      O céu cinzento, a chuva que caia lentamente, os transeuntes apressados, os carros com os faróis acesos provocaram uma sensação de distanciamento do tempo presente.
      Pedrinhas Paulista é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 22o48’54” sul e a uma longitude 50o47’38” oeste, estando a uma altitude de 330 metros. Possui uma área de 152,62 km2. Sua população estimada em 2004 era de 3.004 habitantes. Pedrinhas Paulista surgiu em 1952, com a chegada de 28 famílias italianas, sendo um dos últimos núcleos organizados de imigração italiana no Brasil. Quase todos os habitantes são descendentes dessa última leva de imigrantes italianos, preservando o costume dos antepassados.
      A flora de Pedrinhas Paulista oferece uma paisagem exuberante. Os ipês, os girassóis, as matas verdes e o ar saudável eram o retrato fiel da infância de Pedro.
      A interação entre as famílias era baseada em códigos de compromisso, respeito e solidariedade.
      Sua infância era como um carrossel: cheia de crianças brincando, se divertindo e muito felizes. Brincar com os amigos na chuva era o passatempo preferido da criançada. Não havia malícia e discriminação.
     Pedro lembrou, com saudades, da figura materna. Cristã convicta, sua mãe repetia incansavelmente muitos ensinamentos bíblicos que norteiam a construção de um mundo melhor. Um desses ensinamentos tornou-se um farol na vida de Pedro:  “Respeitar ao próximo é o caminho para se propagar a paz.”
      Pedro acordou de sua abstração. Monologou baixinho:
      - Minha infância foi a melhor de todas. Está marcada indelevelmente nas minhas recordações.
     




MUSA

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19 de junho de 2013 – Aluno JONATAS – 9º Ano


                                                                            MUSA

      Marcos estava pescando. O clima estava agradável. Era um dia chuvoso daqueles em que a gente só tem vontade de vadiar.
      O samburá estava cheio e o embornal estava vazio. Os peixes tinham a pachorra de mordiscar a isca porém não mordiam o anzol.
      Um ruflar de asas chamou a atenção do pescador. Levantando os olhos, esquecido  por uma fração de segundos do  seu passatempo preferido, viu uma pombinha branca cortando aquele céu nublado num voo plácido.
      Um sorriso filial tomou conta do rosto de Marcos. Aquele voo em sincronia com o meio ambiente o fez voltar ao seu lar aconchegante e à figura de sua mãe, uma verdadeira “lady”.
      Suas palavras, suas considerações, seus conselhos, seus pedidos ou suas exigências primavam pela colocação pacífica, respeitando o lugar, o momento e as peculiaridades de cada pessoa. Por onde passasse deixava rastros de paz e de luz. Por isso ela era a rainha do lar. Amada pelo esposo, filhos e comunidade.
     A reminiscência foi interrompida pelo estiramento da linha e o golpe seco na vara. O jovem firmou-se no barranco e num golpe de mestre retirou um lindo curimbatá! Em seguida foi a vez de um espetacular dourado jovem sacudir linha, vara e homem.
      Ao voltar para casa, o percurso pareceu-lhe  curto. Assobiava, corria, cantava. Era a imagem da felicidade.
       Chegando à sua residência, disparou em direção à mãe que, atarefada, preparava um jantar delicioso: salada de beterraba, couve-flor refogada, arroz em porções individuais e grão-de-bico com peito de frango cortado em cubos pequenos.
      Colocou os peixes sobre o balcão da pia de granito de 1,80 X 0,60 e voou para os braços da mãe. Abraçou-a com tamanho ímpeto que quase a derrubou. Lascou-lhe um beijo tamanho família na testa e falou:
      - Você é a minha musa inspiradora! Sua postura diante da vida ensina-me como ser um cidadão e, principalmente, um cristão convicto.





Vírgula

Sobre a Vírgula

Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).


Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.


* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...

* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...



Sawabona

Sawabona –

Cumprimento usado na África do Sul, quer dizer:

“Eu te respeito, eu te valorizo,
você é importante para mim!”


Em resposta, as pessoas dizem:

Shikoba,

que significa:

“Então, eu existo para você!”



Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é "muito" para ser insignificante".

                                                       (Charles Chaplin)


CONEXÃO BANDEIRANTES:
um caminho para o conhecimento, saúde e bem-estar.
EDUCAR-SE: essência do bem viver!
JM 2014


O alno autor


O aluno autor de memórias literárias


Narrar memórias é uma habilidade que se aprende. Depois de recolher memórias das pessoas mais velhas da comunidade, os alunos podem reconstruir/recriar essas memórias, sem precisar fazer uma transcrição exata da realidade, pois o ato de narrar é sempre uma criação   . Quando se narra um acontecimento de forma literária, o imaginário do narrador atua sobre as memórias recolhidas transformando-as. Ao transformá-las procurando dar-lhes uma "vida" da qual o leitor possa compartilhar, o narrador destaca alguns aspectos mais envolventes e suprime outros.

A aventura de escrever memórias literárias é uma experiência muito rica. A princípio parece não ser fácil, mas, com a ajuda do professor, os alunos poderão 
aprender a ler    e escrever esse gênero de texto tão importante para sua formação.