Xadrez é fácil de aprender e impossível de dominar. Simples na aparência e indecifrável em sua essência. Muitos acham que é apenas um jogo, mas ele pode ser um companheiro, uma fuga. Houve um tempo em que ele até salvou vidas. Parece exagero, mas não é. Como a história de Tigran Petrosian, que perdeu um irmão na Segunda Guerra, o que levou à morte de sua mãe, deprimida, pouco tempo depois. Com o pai já com 70 anos, Tigran, aos 12, começou a ter grandes responsabilidades. Logo depois da guerra, quando disputava seu primeiro grande torneio, Tigran recebeu, durante uma partida, a notícia do falecimento do pai. Abalado, não conseguiu jogar essa e as duas partidas seguintes. Depois voltou, imperturbável, para o torneio. O xadrez era a âncora da vida do jovem Petrosian. Ele se agarrava ao tabuleiro com unhas e dentes. Precisava trabalhar duro durante o dia e à noite ia para o Clube de Xadrez. Terminadas as partidas, arrumava o tabuleiro rapidamente e corria para casa, muitas vezes no frio congelante de Tbilisi, para dormir 2 ou 3 horas e começar tudo novamente no dia seguinte. O primeiro prêmio do Campeonato da Geórgia de 1945 era um casaco de inverno. Nosso jovem herói venceu. O casaco ficou muito grande no corpo pequeno e magro de Petrosian, mas protegia do frio. Assim como o xadrez foi sua proteção durante aqueles anos difíceis e de futuro incerto. Tigran Vartanovich Petrosian se tornou Campeão Mundial de Xadrez em 1963.
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