terça-feira, 20 de dezembro de 2016

A bola

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO USINA BANDEIRANTES - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
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BANDEIRANTES – PARANÁ


NOME: Jonathan –  ANO: 9º.        TURMA: A               DATA:  27/06/13   

A bola

      21 de junho de 2013. Os ponteiros do relógio marcavam 10h54 min. O calendário anunciava: início do Inverno! A natureza era um convite à reflexão. O pé de caqui não tinha uma folha. Só os ramos secos. Era o retrato fiel de um espectro. O céu estava cinzento. A chuva havia cessado. Estava frio mas não ventava.
      No aconchego de seu quarto, Júnior lia a obra de Marcos Rey, Quem manda já morreu quando, distraidamente, seus olhos percorreram o ambiente que o cercava. Bem pertinho do computador estava um objeto de estimação: sua bola Topper KV 12 Carbon! Aquela imagem o fez voltar no tempo e no espaço.
      Era dezembro. Os bandeirantenses aficionados por futebol estavam eufóricos. A conivência da natureza saltava aos olhos. Uma brisa deliciosa envolvia os transeuntes. O verde das árvores era um convite para celebrar a vida.
      No centro do Estádio Comendador Luiz Meneghel estavam reunidos os atletas, o juiz, os assistentes, os gandulas e alguns curiosos com credenciais.
      Quando soou o apito somente as personagens principais do espetáculo estavam em campo. E o jogo começou. O jogo das estrelas.
      Quem jogou? Quem perdeu? Quem ganhou?
      Na memória de Júnior, incrustado indelevelmente, ficou o momento do sorteio, o número do seu ingresso sendo anunciado através dos microfones da Rádio Cabiúna – a Rádio do Povo. E ... Nilmar cumprimentado-o e entregando-lhe aquela que passou a ser o seu troféu – a bola Topper KV 12 Carbon!
      Batidas na porta tiraram o sonhador de seu devaneio. Com um suspiro exalando saudade, levantou-se preguiçosamente e foi atender a quem o chamava.


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