sexta-feira, 30 de setembro de 2016

O tradicional sábado

                                                                        Aluna: Larissa Rebeca de Araújo Nobre

          São cinco horas da manhã de sábado. Brisa suave, cheiro de natureza e dia de correria. Acordo mais cedo para acompanhar a rotina da minha casa que é semelhante ao vaivém que se instala na minha cidade nesse dia. As ruas principais estão movimentadas, carros lotados vindos dos sítios vizinhos. As pessoas costumam acordar cedo para encontrar frutas e verduras ainda bem frescas na feira livre.
          Sempre acompanho minha mãe nas compras da semana. Passamos os olhos por quase todas as bancas enfeitadas com o colorido das frutas e, após precioso tempo escolhendo o menor preço e a melhor mercadoria, enchemos nossas sacolas e ficamos mais pesadas. Sentimos fome e não resistimos a um delicioso copo de salada, vendido ali mesmo, para enganar o estômago.
          Com o vaivém entre as bancas, pessoas se esbarram, se tocam involuntariamente. É possível
sentir diferentes aromas que se misturam com o passar das horas. Suor, perfume das frutas, fumaça
de cigarros se entrelaçam com os variados sons de gargalhadas, sussurros, gritos dos feirantes, anúncios em sons improvisados que se propagam por todo o ambiente.
          Nesse dia as lojas fazem a festa, os taxistas e motociclistas descansam menos, os bancos da
praça principal são mais visitados e a Igreja Matriz de São Sebastião se alegra com a quantidade de fiéis. Muitas vezes a feira livre de minha cidade também é palco para o reencontro de amigos, familiares, compadres, pessoas que moram em sítios distantes, além de ser um ótimo momento para se fazer novos amigos e conquistar novos amores.
          Como tudo que é bom dura pouco, a feira enfim termina. As bancas desaparecem levando toda essa agitação. Ficam as ruas cheias de lixo espalhado por todos os lados. Entram em cena os
garis que, em poucas horas, devolvem ao local o seu aspecto natural.
          Por ser uma cidade pequena, Florânia torna-se invisível aos olhos de muitos. Porém tenho orgulho e sinto prazer em ver minha cidade cultivar tradições como a feira livre, mostrando que ainda preservamos nossa cultura.
                                   Professora: Judileide Silva Morais

                                  Escola: E. E. Teônia Amaral Ensino Médio e EJA – Florânia (RN)

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