A triste canção da serra
Aluna: Gabrielly Rocha Duarte
A alegria de ser criança é
a melhor coisa que há.
Chamo os primos e os amigos
pra brincar de piquear!
Brincando de amarelinha,
pulando sem parar.
Oito, nove, dez! Cheguei ao céu!
É hora de voltar e ganhar.
Brincando na minha rua,
junta tanta meninada!
Coisa de bairro calmo,
brincadeiras na calçada!
Coisa de bairro novo
que agora está crescendo!
E brincando é que se enturma
e vai se reconhecendo!
Brincamos de ouvir histórias
e causos de assombração.
Isso torna arrepiantes
as noites em Catalão.
Jogar bete e carimbada,
soltar pipa lá no céu,
a fila fica formada
pra gente passar anel.
O pneu vira um balanço,
a garrafa, uma bola.
Brincamos de pega-pega,
no caminho da escola.
Lá vem um redemoinho
e nos transporta, como em Oz,
pra mata dos pequizeiros
que fica ao redor de nós!
As flores caem do ipê,
são nossa estrada amarela.
Brincamos de índio e bicho
e corremos muito nela!
Mas eu tenho observado
a mata diminuindo,
o fogo tomando conta
e os animais sumindo.
A fumaça já avisa
que o cerrado está queimando!
Vrumm! Vrumm!
É a canção da serra elétrica
desmatando!
Brincando, vi coisa triste:
o cerrado acabar.
Por que querem desmatar
e destruir nosso lugar?
Serraram o cerrado!
Serraram o meu lugar!
Não vejo o lobo-guará!
Não vejo o tamanduá!
“Serra, serra, serrador,
quantas tábuas já serrou?”
Serraram o cerrado
e a brincadeira se encerrou!
Professora: Vânia Rodrigues Ribeiro
Escola: E. M. Nilda Margon Vaz
Catalão(GO)
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